Publicado em Terça, 31 Maio 2016 18:10
Foi relançada nesta terça-feira (31) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, no auditório Petrônio Portela do Senado Federal, com a presença da diretoria da CNTE.
A bancada formada por senadores e deputados federais pretende atuar em defesa da manutenção dos direitos sociais, da gestão transparente da Seguridade Social e do equilíbrio financeiro e atuarial da Previdência Social pública e solidária.
De acordo com a Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli, a Confederação vai lutar contra a Reforna da Previdência, pois se for confirmado o que foi publicado pelo governo interino, de aumentar a idade para aposentadoria para 65 anos, acabar com a aposentadoria especial do magistério e igualar a idade para aposentadoria para homens e mulheres, essas medidas farão com que 82%, de mais de 2 milhões de professores, trabalhaem mais 15 anos em sala de aula.
“A CNTE está se articulando com os demais servidores públicos e com a CUT para fazer o enfrentamento e a resistência, nas ruas e no Congresso Nacional, contra essas medidas”, afirmou.
O ato significou a recriação de frente que já atuou anos antes no Congresso com a mesma finalidade. A reorganização foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), em resposta a sugestão da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip). A frente conta com o apoio de mais de 50 entidades, sobretudo organizações sindicais do setor público e privado.
“É essa unidade que vai barrar a reforma da Previdência. Reforma, só se for para ampliar direitos; se for para retirar, estamos fora”, discursou durante o lançamento da Frente a vice-presidenta da CUT Nacional, Carmem Foro. Ela ainda propôs a realização de uma campanha para esclarecer a sociedade sobre o pseudo rombo na Previdência e reforçou que, caso essa proposta vingue, “as mulheres serão as mais prejudicadas”.
Em relação à reforma da previdência, entre as medidas propostas, se inclui a fixação de idade mínima de aposentadoria, que poderia chegar a 65 anos, valendo a mesma idade para homens e mulheres. O senador Paim assegurou que a frente atuará de modo “intransigente” para que sejam mantidos os direitos sociais e previdenciários.
Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a agenda de Temer “sinaliza para o desmonte do Estado e do bem estar social, a começar pela Previdência Social”. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) lembrou que “em todos os governos houve a tentativa de se fazer uma reforma da Previdência, em maior ou menor escala” sem ter como alvo principal benefícios para o trabalhador. Por isso, ele acredita que a luta pela conquista social deve ser unitária.
Durante o ato houve um grande apelo pela reativação do Ministério da Previdência Social, extinto pelo presidente interino Michel Temer. A área de arrecadação ficou com o Ministério da Fazenda, enquanto o pagamento de benefícios passou para a pasta do Desenvolvimento Social.
O relançamento da frente foi organizado como parte de uma programação da Comissão de Direitos Humanos (CDH), que é dirigida pelo senador Paim. O evento teve sequência à tarde, com a realização de seminário que discutiu a situação do sistema previdenciário.
Estavam presentes no evento a Secretaria Geral e a Secretária de Organização da CNTE, Marta Vanelli e Marilda de Abreu Araújo.
Com informações da Agência Senado.
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Disponível em: http://www.cnte.org.br/index.php/comunicacao/noticias/16596-frente-parlamentar-pretende-atuar-em-defesa-da-manutencao-dos-direitos-sociais.html
