Nesta sexta-feira (08/08), a partir das 17h30, em frente à Prefeitura de Cascavel, o Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Ensino (Siprovel) realiza o Ato em Defesa da Educação Municipal. A mobilização é uma resposta à grave crise enfrentada pela Rede Municipal de Educação e à falta de propostas concretas da administração para melhorar as condições de ensino e trabalho.
Segundo o sindicato, a realidade das Escolas e Cmeis é preocupante: déficit de mais de 500 profissionais, estudantes com deficiência sem o devido apoio pedagógico, defasagem salarial de 22,36% no Piso do Magistério e problemas estruturais graves nas unidades.
Reunião com o prefeito não apresentou soluções
Na manhã de hoje, a Prefeitura convocou uma reunião com representantes do sindicato, em uma tentativa, segundo a entidade, de desmobilizar a categoria. No encontro, o prefeito Renato Silva anunciou apenas a possibilidade de recomposição de 1,5% da defasagem salarial a partir de 1º de outubro — medida considerada insuficiente diante da perda acumulada.
“É extremamente vergonhoso apresentar 1,5% diante de uma defasagem de 22,36%. Nossa pauta tem 57 pontos, e nenhum deles foi atendido. Estamos falando não só de salário, mas de condições de trabalho, de infraestrutura e do atendimento às nossas crianças”, afirmou a presidente do Siprovel, professora Gilsiane Quelin Peiter.
Ela reforça que a crise da educação municipal prejudica diretamente estudantes e famílias. “Quando denunciamos os problemas da rede municipal, estamos defendendo o direito dos alunos a uma educação de qualidade. Hoje, faltam muitos profissionais nas instituições de ensino. Isso compromete o atendimento e sobrecarrega quem está na ativa”.
Convite à comunidade
O Siprovel convida pais, mães, responsáveis, estudantes e toda a população cascavelense a participar do ato. O evento contará com apresentações culturais, poesia, música e falas de profissionais que vivem a realidade da educação municipal no dia a dia.
“A educação precisa ser prioridade no orçamento e nas ações do município. Defender a escola pública é defender o futuro das nossas crianças”, conclui Gilsiane.