A Comissão Permanente de Negociações do Magistério realizou, nesta quinta-feira (23), a sétima rodada de debates sobre a Pauta de Reivindicações de 2025, entre representantes do Governo Renato Silva (PL) e do Sindicato dos(as) Professores(as) da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel (Siprovel). Participaram do encontro representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria de Finanças (Sefin), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e da diretoria do sindicato.
De acordo com a presidenta do Siprovel, Gilsiane Quelin Peiter, a reunião analisou as respostas enviadas pela administração aos pontos da pauta de reivindicações dos(as) professores(as). “Na semana passada, nossa assembleia aprovou que todos os pontos apresentados pela Prefeitura seriam analisados e, se necessário, receberiam contraproposta. Queremos chegar a resoluções concretas, porque muitos itens ainda não avançaram, embora a administração insista que já estão resolvidos”, afirmou.
Durante a reunião, foram debatidos mais cinco pontos da pauta, especialmente os relacionados à saúde do(a) trabalhador(a) docente e à necessidade de novas contratações na Rede Municipal de Educação. Gilsiane destacou que o déficit de profissionais é um dos maiores entraves à qualidade da educação municipal. “Não há possibilidade de avanço com tantas faltas hoje existentes nos quadros das Escolas e Cmeis. É impossível falar em valorização ou em melhoria do ensino sem resolver o problema da falta de profissionais”, reforçou.
A presidenta do sindicato também destacou que o diálogo deve continuar de forma permanente. “Na próxima semana a Comissão voltará a se reunir. Vamos seguir insistindo até que o Governo Renato Silva compreenda que qualquer ponto atendido representa uma vitória para as professoras e professores”, declarou Gilsiane.
Contraproposta do Siprovel
Na mesma reunião, o Siprovel protocolou o Ofício nº 208/2025 ao Governo Renato Silva, contendo contraproposta técnica aos itens 16 a 20 da Pauta de Reivindicações. O documento foi elaborado após análise das respostas da administração. Segundo o documento protocolado pelo sindicato, as respostas enviadas pelo Executivo “foram genéricas, descoladas da realidade funcional e sem cronograma de estudos ou encaminhamentos concretos”, limitando-se a afirmar que “os temas já são atendidos pela administração pública municipal”.
O Siprovel reafirma que a contraproposta demonstra o compromisso da categoria com o diálogo e a boa-fé negocial, mas exige respostas concretas e verificáveis do governo. “Lutamos pelos direitos das nossas alunas e alunos, mas também pelo direito das professoras e professores de Cascavel de trabalhar com dignidade e reconhecimento. É isso que esperamos dessa mesa de negociação”, reforçou a professora Gilsiane.
A próxima reunião da Comissão Permanente de Negociações está prevista para a próxima semana, dando continuidade à análise dos demais pontos da pauta do magistério para o exercício de 2025.
Confira a contraproposta protocolada na íntegra.









