O Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel (SIPROVEL) realizou na última sexta-feira (29.04) o lançamento da cartilha “Precisamos falar sobre assédio”, elaborada pelo sindicato com o intuito de incitar o debate levando informação para facilitar o combate a esta prática tão prejudicial ao trabalhador.
Também estiveram presentes compondo a mesa de debate a representante da Secretaria de Planejamento e Gestão, Vanilse da Silva Pohl; a secretaria Municipal de Educação, Márcia Baldini; o representante do Fórum Sindical e da APLER, Laerson Vidal Matias e a encarregada do setor Psicossocial do Município de Cascavel, Fabiane Pires de Morais.
Para abertura do evento o Siprovel convidou os músicos Hercules Hércules Lacovic e Gustavo Zago que abrilhantaram o evento com lindas intepretações da música popular brasileira.
SOBRE ASSÉDIO
Assédio moral é a exposição de pessoas a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada, no exercício de suas atividades. É uma conduta que traz danos à dignidade e à integridade do indivíduo, colocando a saúde em risco e prejudicando o ambiente de trabalho.
O assédio moral é conceituado por especialistas como toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.
No serviço público, caracteriza-se por condutas repetitivas do agente público que, excedendo os limites das suas funções, por ação, omissão, gestos ou palavras, tenham por objetivo ou efeito atingir a autoestima, a autodeterminação, a evolução na carreira ou a estabilidade emocional de outro agente público ou de empregado de empresa prestadora de serviço público, com danos ao ambiente de trabalho objetivamente aferíveis. É uma forma de violência que tem como objetivo desestabilizar emocional e profissionalmente o indivíduo e pode ocorrer por meio de ações diretas (acusações, insultos, gritos, humilhações públicas) e indiretas (propagação de boatos, isolamento, recusa na comunicação, fofocas e exclusão social). A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do profissional, comprometendo a identidade, a dignidade e as relações afetivas e sociais e gerando danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade de trabalhar, para o desemprego ou mesmo para a morte.