No dia 31 de maio, em resposta a ofício do Siprovel, que tratava sobre a pauta de negociação salarial, o secretário de Planejamento e Gestão, Edson Zorek e a diretora de Gestão de Pessoas, Vanilse da Silva Pohl, enviaram um documento ao sindicato onde detalhavam a situação fiscal do município e os efeitos da Lei Complementar 173/2020 que, entre outras atribuições, congela o salário dos servidores públicos. A Lei foi instituída como compensação para liberação de recursos e isenções fiscais, pelo Governo Federal, a estados e municípios.
Neste documento, o município admite que este congelamento salarial “em tese” não afeta a reposição da inflação acumulada de 2019/2020 e de 2020/2021, bem como o repasse do índice de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério de 2020 (12,84%). No entanto, afirma que “diante de tantas incertezas no cenário econômico, o município não tem condições de assumir nenhum compromisso” e, portanto, solicita “que mesmo diante da impossibilidade imediata de se falar em reajuste, que o diálogo se mantenha aberto”, indicando setembro como data para retomada das negociações.
Diante disso, o Siprovel emitiu na última quarta-feira (15), um ofício ao prefeito Leonaldo Paranhos, solicitando com urgência o agendamento de uma reunião com a administração para dialogar sobre a pauta de negociação de 2021, além de outras demandas da categoria. No documento, o sindicato reforça que a categoria está insatisfeita e preocupada diante da falta de perspectiva de política de valorização por parte da administração pública municipal de Cascavel. “Nós estamos cobrando a reunião, para discutir com o executivo a questão da pauta de negociação salarial e outras demandas, tendo em vista que eles próprios colocaram que estariam abertos ao diálogo e que voltaríamos a discutir no segundo semestre, após o fechamento do 2º quadrimestre”, destaca a presidente do sindicato, Josiane Maria Vendrame.