Nesta segunda-feira (16), o Conselho de Representantes de Escolas e Cmeis da Rede Municipal de Educação de Cascavel se reuniu na Sede Social do Siprovel para fortalecer a organização sindical nos locais de trabalho e aprofundar o debate sobre os principais desafios enfrentados pela categoria. O encontro contou com a presença de representantes de mais de 75 instituições de ensino.
Entre os temas debatidos, ganhou destaque a Audiência Pública convocada pela Comissão de Educação da Câmara Municipal, que ocorrerá na próxima quarta-feira (18), às 19h, no plenário da Casa Legislativa. A audiência terá como pauta os impactos da revogação da Lei Municipal nº 4.958/2008, além das condições estruturais, número de alunos por sala e o dimensionamento de profissionais nas unidades escolares.
A referida lei foi revogada de forma apressada em 31 de maio, sem diálogo com a comunidade escolar e a sociedade civil organizada. Desde então, turmas foram fechadas, aumentou o número de alunos(as) por sala e o quadro de profissionais permanece defasado. A realidade vivida na Rede Municipal tem sido marcada pela falta de servidores(as), infraestrutura precária, sobrecarga de trabalho e impactos diretos na saúde física e mental dos(as) profissionais da educação.
“O excesso de alunos em sala de aula prejudica que a professora ou professor ofereça o atendimento necessário às necessidades individuais de cada estudante. Isso costuma resultar em um processo de ensino-aprendizagem insuficiente, além de levar ao estresse e ao desgaste emocional dos docentes, que não conseguem dar conta de acompanhar todos os estudantes com a devida atenção”, afirmou a presidenta do Siprovel, professora Gilsiane Quelin Peiter.
O Conselho também destacou a importância de mobilizar os(as) colegas de cada unidade para participar ativamente da Audiência Pública, como forma de reivindicar ao poder público a rever medidas que fragilizam a educação pública municipal e aprofundar o diálogo com a sociedade.
“A educação pública deve ser tratada com seriedade. Ela não pode ser tratada como um simples número no orçamento. Estamos falando de crianças, de profissionais, de qualidade no atendimento e do futuro da educação pública”, reforçou a diretoria do sindicato.